No fim do mês passado estreou nos cinemas a cinebriografia de Tim Maia, um dos maiores nomes do cenário musical brasileiro. E adoramos tanto a história e o figurino que tínhamos que falar dele. Se você já viu, vale relembrar, e se ainda não assistiu, com certeza vamos te deixar com muita vontade de ver (corre que essa é a ultima semana!)
Dirigido por Mauro Lima (Meu Nome Não é Johnny), o longa é baseado no livro “Vale Tudo – O som e a fúria de Tim Maia”, escrito pelo jornalista Nelson Mota, e na série de contos “Até Parece que foi Sonho” de Fábio Stella, um dos grandes amigos do músico. O filme nos ajuda a entender melhor a figura brilhante e polêmica que foi o cantor, além de nos transportar para o período entre as décadas de 50 e 90 (e principalmente a de 70) através de um figurino incrível.
Vem ver o figurino 70s e incrível do filme Tim Maia!
Assinado por Reka Koves, o figurino do cantor marca bem marca cada fase da sua vida e do filme. Na primeira fase, em que Tim Maia é ainda adolescente (interpretado por Robson Neves), vemos roupas bem simples e com cores bem neutras – reflexo de sua infância pobre na Tijuca, onde era entregador de marmitas para os negócios de sua família (mas desde criança ele já compunha seus acordes). Nesse momento também podemos reparar nos cabelos alisados, utilizados pelo cantor para se enquadrar no meio musical da época. Já Roberto Carlos, amigo do músico antes da fama, aparece com um visual inspirado no Rock’n Roll de Elvis Presley.
Aos 17 anos Tim Maia vai para Nova Iorque estudar inglês e lá tem contato com o soul. A influência do estilo vai além das composições do cantor, aparecendo também em seu visual, onde passa a usar os cabelos crespos e barba. Alguns anos após retornar ao Brasil (ele foi deportado por roubo e posse de drogas), Tim alcança o sucesso e o filme entra na sua segunda fase, quando Babu Santana passa a interpretá-lo, e o figurino do cantor é marcado pelo Black Power, joias e roupas coloridas. Nesse momento Roberto Carlos, que também já havia se tornado famoso, conquistou um novo visual: cabelos compridos, roupas coloridas e batas.
Os anos 70 estão super presentes no filme, principalmente após o início da segunda fase. O figurino de Alinne Moraes, que interpreta um resumo dos amores do cantor, representa muito bem a década. Ela aparece com estampas e calças flare, ícones da época e do movimento hippie e da psicodelia, que estavam em alta. As roupas do personagem de Cauã Reymond (ele interpreta o amigo Fábio Stella) também trazem elementos da década, principalmente da cultura hippies. Outras personalidades em voga no período também aparecem durante o longa, como Rita Lee (Renata Guida) e Nara Leão (Mallu Magalhães).
O filme também mostra quando Tim Maia entrou contato com a Cultura Racional, que teve forte influencia em seu trabalho. Com grande influencia do funk e do soul, o cantou lançou os maiores sucessos de crítica de sua carreira. É que a fase racional manteve o afastado das drogas e do álcool, permitindo que tivesse uma maior qualidade vocal. As roupas brancas marcam o figurino desse período, pois ele usava a cor para transmitir boas energias e paz (vista como o bem maior dos humanos).
As brigas, abusos de drogas e outras polêmicas de Tim Maia também são retratados no longa de Mauro Lima, porém é impossível não se emocionar com a história desse artista genial responsável por introduzir o soul na música brasileira.
Se você ainda não viu Tim Maia, corre que essa é a última semana do filme nos cinemas!
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